Os tubarões-baleia da cidade de Oslob, no sul de Cebu, foram poupados à fúria do Pablo, pois têm um sistema de alerta que os levou a mergulhar nas profundezas da água para escapar às fortes correntes provocadas pelo tufão.
O grupo de investigação italiano Physalus, liderado pelo Dr. Alessandro Ponzo, disse que os tubarões-baleia que frequentam a cidade se esconderam no mar quando o tufão atingiu o sul de Cebu na semana passada.
As cidades do sul de Cebu foram colocadas sob o sinal número 3 e registaram ventos mais fortes e chuvas intensas em comparação com o resto da província.
O cais e outras estruturas das cidades de Oslob, Boljoon e Santander ficaram danificados depois de terem sido atingidos por fortes ondas causadas pelo tufão Pablo na passada terça-feira.
A Physalus, através do seu Projecto de Grandes Vertebrados Marinhos das Filipinas, tem vindo a realizar investigação sobre as interacções do turismo com tubarões-baleia em Tan-awan, Oslob. Eles monitorizam e tiram fotografias dos tubarões-baleia todos os dias.
“No dia em que o tempo estava muito mau, eles partiram e provavelmente foram para cerca de 2.000 metros de profundidade no mar”, disse Ponzo ao Cebu Daily News numa entrevista telefónica.
No dia seguinte à passagem do tufão Pablo, apenas foram avistados alguns tubarões-baleia.
Ontem, quatro foram avistados por barqueiros e investigadores.
Antes da passagem do tufão, pelo menos 12 tubarões-baleia frequentavam as costas de Tan-awan e foram documentados pela Physalus
Num dia normal, 50 a 100 turistas vão a Oslob – a cerca de três horas de autocarro da cidade de Cebu – para observar tubarões-baleia. Nos fins-de-semana e feriados, Oslob recebe em média 150 a 200 turistas por dia.
“Até agora, não há qualquer problema. O problema é que estes uyap (pequenos crustáceos) de que se alimentam os tubarões-baleia foram levados pelo vento e pelas ondas. Não temos a certeza se ainda há uyap na zona”, disse Ponzo.
Os barqueiros, que trazem turistas, alimentam os tubarões-baleia com uyap para que se aproximem dos seus barcos a remos.
Fonte: Inquirer.net